sábado, 12 de novembro de 2011

Jeep do Spina

Marco Cesar Spinosa e sua esposa Margie fazem parte de nossas vidas desde que nos envolvemos com a história da FEB e o apreço por veículos militares antigos.

Recentemente, nossos amigos viram seu Jeep receber o tratamento devido, em matéria publicada na internet e cujo link segue abaixo.

A leitura é convidativa e a narrativa muito fluída, animada.

Bendix, Gear


Reprodução de mensagem postada na lista de discussão do CVMARJ, com algumas alterações de estilo.

Hoje não aguentei... Depois de dez dias sem o motor de arranque e com um medo danado de quebrar o braço no uso da manivela de partida, resolvemos colocar o Jeep ladeira abaixo e funcionar no tranco...
Algumas constatações e indagações


MOTOR de PARTIDA

I) Faça você mesmo...
Senti enorme prazer em eu mesmo ter dado conta de retirar o motor de partida, desmontá-lo com calma, e localizar o defeito. Para mim, isto representou algo mais no envolvimento com o "hobby", por assim dizer.
Some-se a isto a condição “terapêutica” do ato, com o envolvimento físico e mental na solução de problema não diretamente relacionado às rotinas diárias do trabalho ou de casa.

II) O Defeito...
O defeito principal, em se falando do cranking motor, consiste na quebra da mola do vai-e-vem, que é robusta e ainda assim frágil. Segundo os especialistas, este problema é freqüente nos 42, e pode ser solucionado com a substituição do sistema, usando algo dos jeeps mais modernos, incluindo a roda dentada.
Como desejo manter o Willys MB 1942 s/n 174849 com o maior grau de originalidade possível, descarto a utilização de peças modernas.

III) Substituição
A tal mola do vai-e-vem, que está no Bendix do motor de arranque, pode ser conseguida (com o conjunto todo) no Ron Fitzpatrick, por 40 dólares. Melhor esclarecendo, quando me refiro ao conjunto, quero dizer, que é a mola do bendix e a engrenagem exatamente como podem ver no link a seguir:

IV) Mola do Bendix
É difícil imaginar que ninguém tenha se preocupado com isso até agora. Eu mesmo saí a caça, nesta pequena Jaboticabal, e encontrei um monte de gente com boa vontade. A mola, é claro, não se acha em lugar algum...
A manhã começou na oficina do mecânico de confiança, Vanusa. Dali partimos a procura de um senhor de 70 anos, que trabalhou por 48 anos na Cerâmica Stefani. Achamos com alguma dificuldade o Sr. Paiva, que sempre lidou com tratores, caminhões e colhetadeiras.
Mostramos o estrago, com a mola quebrada e ele teceu suas considerações.

V) Produção
Parece que a tal mola miserável, que quebra sem parar e obriga alguns de nós a substituir o motor de arranque por coisa mais moderna, não é impossível de ser feita, fabricada.
O Sr. Paiva havia mencionado uma pessoa em Taiúva, que está produzindo molas a pedido, com qualidade satisfatória. Ficou de procurar o telefone e informar depois.
Por volta de 11h30min, Vanusa ainda veio até minha casa, a pedido do Sr. Paiva, com o telefone de um outro profissional na cidade de Batatais ou Brodowski.
São, portanto, duas grandes possibilidades para produzir uma mola a título de protótipo.

VI) Conclusao
Minha preocupação, afinal é, será que ninguém pensou nisso antes? Será que já não temos alguém que produza essa mola "on demand" no Brasil? É um absurdo termos que adquirir a engrenagem, os encaixes, e a mola, por 40 dólares, a cada vez em que precisamos substituir apenas a mola.
Prometo mantê-los informados dos eventuais acertos no prosseguimento.



PASSO AGORA A OUTRO TOPICO

CAIXA DE CAMBIO

I) Visão Geral
Estou rodando há bom tempo com o nosso Willys 1942, em estradas e na cidade, sem "off road" e sem nunca ter acionado a reduzida, etc... Não se percebe nada especial ou de errado, grosso modo, na condução do veículo, com as exceções que passo a narrar.

II) Segunda Marcha
Como já fora alertado pelo antigo proprietário, a segunda marcha está sempre dando uma escapadela, especialmente quando o veículo está numa descida ou em situação de pouco esforço. Nestes casos, com a segunda engatada, percebe-se ela escorregar de volta para o ponto morto. Não é nada de mais e não representa problema maior.

II.1) Sugestões sobre eventuais ajustes podem ser enviados ao meu e-mail pessoal. A engrenagem é novinha, e a caixa de câmbio está bem lubrificada.

III) Travamento total da Caixa
Desde 11 de junho (quando nossa Viatura chegou), tivemos dois episódios semelhantes, o segundo deles hoje... Repentinamente, a alavanca das marchas passa a ponto morto, mas o motor continua engatado (provavelmente em 2a ou 3a marcha) e é impossível engatar qualquer marcha.
Hoje, após percorrer uns dois quilômetros nessa condição, houve retorno espontâneo a situação de normalidade, e voltei a engatar as marchas com tranquilidade.

III.1) Agradecerei também qualquer sugestão sobre este probleminha.

A Cobra Segue Fumando...