Do livro “Mina R”, de Roberto de
Mello e Souza, uma pequena idéia de uma tarde de trabalho do veterano Rubens de
Stéfani, um dos seis jaboticabalenses na Segunda Guerra Mundial, com a Força
Expedicionária Brasileira no Norte da Itália entre 1944 e 1945.
“(...) Então foi tirando as minas
com muito cuidado e quando olhou, uma delas estava sem a borboletinha do pino
de segurança e o percussor estava livre e pronto para descer. Tirou a mina com
muita delicadeza e foi levantando devagarzinho, foi levantando devagarzinho
esticando o braço para cima do barranco, esticando, esticando, deu um impulsinho
de leve jogando a mina e ela explodiu no ar a um metro ou menos de sua mão e
ele enfiou de novo a mão na terra e seus dedos tocaram um cilindrozinho de
metal e o corpo todo acusou e endureceu porque aquilo era um ‘booby-trap’.
Com dedos de pena, percorreu bem
de mansinho o detonador reconhecendo o ZZ35 e procurou a cabeça do percussor
(...) então foi desatarraxando o detonador devagarinho até ele soltar de todo
(...).
Uma das armadilhas estava
liquidada. Tinha feito o trabalho com muita precisão e estava satisfeito. Se
tivesse deslocado a mina coisa de um centímetro ou menos, o detonadorzinho
tinha arrebentado e com ele as 12 libras de TNT que davam para inutilizar um
tanque de guerra.”
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