segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Resistência Francesa e as Mulheres

Há algum tempo alguém, e já não me lembro quem, perguntou sobre as mulheres na Resistência Francesa. Dei uma repassada por alguns repositórios na ‘internet’ e resumi algo sobre Simone Sigouin, mais abaixo. 
Também encontrei em minha biblioteca um livro recomendadíssimo sobre o assunto, “Resistência”, de Agnès Humbert.


Mais abaixo, a foto clássica de uma jovem com bermuda, boina e metralhadora ao lado de soldados franceses, e se tornou famoso símbolo da Resistência francesa na Segunda Guerra Mundial. Simone Segouin, mais conhecida pelo codinome Nicole Minet, somava apenas 15 anos quando os nazistas invadiram a França em 1940. Em 1944, juntou-se a Resistência Francesa e partiu para a luta, a começar pelo furto de bicicleta de um soldado alemão, depois usada para entregar mensagens entre os grupos da Resistência.



Evoluiu rapidamente e logo participava de ataques a trens alemães, explosão de pontes e atos de sabotagem. Liderou grupos de combatentes da Resistência e capturou 25 nazistas em Thivars, próximo a Chartres, nas semanas que se seguiram ao Dia-D (06.6.1944). Após a libertação de Chartres, fez-se presente quando Paris ficou livre no final de agosto daquele ano.


Única menina de quatro irmãos, tinha orgulho de mostrar ao pai, veterano da Primeira Guerra, seu caráter destemido. Foi para proteger a família que adotou um ‘nome de guerra’.


Segouin nunca foi presa pelos alemães. Foi promovida a Tenente e ganhou várias medalhas, incluindo a “Croix de Guerre”. Após a Guerra se tornou enfermeira pediátrica.


Em 2015, o ‘Daily Mail’ da Inglaterra descobriu Simone vivendo em Courville-sur-Eure, onde há uma rua com seu nome. Não se casou com Roland Boursier, seu grande amor dos tempos de Guerra, mas tiveram seis filhos.


Até onde se saiba, continua bem a esta altura (jan/2021) e fará 96 anos em outubro próximo futuro.